Se NATO (North Atlantic Treaty Organization) é a sigla em inglês do que sempre foi em português OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), porque se há-de repetir o que dizem (e escrevem) os anglófonos, recusando, inclusive, a forma tradicional lusófona?! E se se prefere NATO em vez de OTAN, porque não, já agora, UN (United Nations) em vez de ONU (Organização das Nações Unidas), USA (United States of America) em vez de EUA (Estados Unidos da América), ou, até, UK (United Kingdom ) no lugar de RU (Reino Unido)?!
Aqui ao lado, os nossos vizinhos espanhóis dão um bom exemplo da preservação da sua identidade linguística, que começa nestes pequenos pormenores. Nestes dias do bombardeamento da cuja dita à Jugoslávia, oiça-se, e leia-se, como os espanhóis não admitem senão a sigla correspondente ao nome em castelhano. OTAN (Organización del Atlántico Norte), sempre OTAN – e nunca à inglesa, ou à americana.
Agora, então, que têm um representante seu à frente da OTAN, só por manifesto capitulacionismo. Ou pura ignorância. Mas de nenhum desses pecadilhos sofrem eles...