António Vieira
O céu 'strela o azul e tem grandeza. 
Este, que teve a fama e à glória tem, 
Imperador da língua portuguesa, 
Foi-nos um céu também. 
 
No imenso espaço do seu meditar, 
Constelado de forma e de visão, 
Surge, prenúncio claro do luar, 
El-Rei D. Sebastião. 
 
Mas não, não é luar: é luz do etéreo. 
É um dia; e, no céu amplo de desejo, 
 
A madrugada irreal do Quinto Império 
Doira as margens do Tejo.
Cf. Banda desenhada francesa recria últimos dias de vida de Fernando Pessoa
                                            Fonte
                                            
                                    
                                Mensagem, Lisboa, Ática, 1972, p. 92
