Soneto à Língua Portuguesa
 Havia luz pela amplidão suspensa  
no azul do céu, vergéis e coqueirais...
e o Lácio, com fulgores divinais,
abrigava de uma virgem a presença...
Era um castelo de ouro, amor e crença,
que igual não houve, nem haverá jamais...
Onde os poetas encontraram ideais
na poesia nova, n'alegria imensa...
A virgem era a Língua Portuguesa,
a mais formosa e divinal princesa,
vivendo nos vergéis de suave aroma!
Donzela meiga que, deixando o Lácio,
abandona os umbrais do seu palácio,
para ser de um povo o glorioso idioma!...
                                    
                                        no azul do céu, vergéis e coqueirais...
e o Lácio, com fulgores divinais,
abrigava de uma virgem a presença...
Era um castelo de ouro, amor e crença,
que igual não houve, nem haverá jamais...
Onde os poetas encontraram ideais
na poesia nova, n'alegria imensa...
A virgem era a Língua Portuguesa,
a mais formosa e divinal princesa,
vivendo nos vergéis de suave aroma!
Donzela meiga que, deixando o Lácio,
abandona os umbrais do seu palácio,
para ser de um povo o glorioso idioma!...
                                            Fonte
                                            Publicado no Livro Gota de Orvalho, no ano de 1989
                                        
                                    
                                