Um bólide foi avistado em Portugal e Espanha ao final da tarde de domingo, dia 2 de novembro de 2025. O termo, pouco frequente no léxico quotidiano, designa um tipo de meteoro que se caracteriza pela sua intensa luminosidade e por deixar um rasto luminoso à sua passagem. A palavra bólide (ou bólido) é um substantivo que evoluiu do termo latino bolis, ĭdis, usado, segundo Dicionário Houaiss, pelo escritor e historiador Plínio, o Velho para referir um «meteoro ígneo em forma de flecha».

Note-se que a palavra meteoro não designa o objeto que se desloca no espaço cósmico. O termo usado para descrever o objeto em si (fragmento de rocha, metal ou gelo) é meteoroide. A palavra terá origem no termo inglês meteoroid e apresenta o sufixo -oide, que tem o sentido de «forma, aspeto». Acrescente-se, ainda, que o termo meteorito é usado para descrever os fragmentos de meteoroides que atingem a superfície terrestre sem se desintegrarem. Este substantivo terá origem no francês météorite (Dic. Houaiss) e apresenta o sufixo -ito, que exprime um valor diminutivo.

Em síntese, o termo bólide descreve um tipo de meteoro, ou seja, é um dos fenómenos luminosos gerados pela entrada de partículas (meteoroides) na atmosfera. Outros fenómenos deste tipo são os «meteoros comuns» (também designados «chuva de estrelas»), caracterizados por um brilho fraco a moderado, e os superbólides, caracterizados por um brilho extremo (até 10 vezes mais brilhante do que a lua cheia). Na formação desta última palavra identificamos o recurso ao prefixo super- para descrever a intensidade do fenómeno.