Numa primeira investigação, só livresca, tinha concluído que corneal e corneano são equivalentes (em José Pedro Machado, Dicionário da Sociedade da Língua Portuguesa, e no Vocabulário da Academia Brasileira de Letras, de 1998). Concluíra também que a palavra corneano será usada no Brasil (Dicionário Aurélio) e que corneal será usada em Portugal (no Dicionário Universal da Texto e no Dicionário da Porto Editora).
Numa investigação já do domínio prático (indispensável no método científico, para confirmar a `lei intuída...´), falei com dois médicos portugueses. Estes, para minha surpresa, disseram que não usavam o termo corneal... Assim, pareceu-me que seria preferível aconselhar corneano para termo válido na `comum língua´. Logo: epitélio corneano, erosão corneana, estroma corneano.
Ora depois da mensagem da nossa `companheira de estudo da língua´ Cláudia Pinto, também publicada hoje, fiquei com a sensação de, no presente caso, ter estado a investigar coisa já antes bem investigada (o que acontece a muito boa gente mal informada). Assim, pedi ajuda a esta simpática companheira e mantenho a minha resposta dada acima sob reserva do seu parecer.
Vejamos se me enganei na conclusão a que cheguei quanto a corneano. O que não me admirava muito, porque a minha amostra não foi suficientemente representativa da comunidade médica (o que, aliás, também acontece a muito boa gente...).
Ao seu dispor,