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Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público

Dois erros de vão de escada

«(…) Justiça brasileira emitiu mandato de captura, mas o general Kanganba desmentiu o seu envolvimento numa rede de tráfico de brasileiras para a Europa.

Carlos Abreu  20:50 Sexta, 25 de Outubro de 2013

Fonte oficial falou à agência de notícias Angola Press em nome do general Kangamba

(…) Luanda - O empresário angolano Bento dos Santos "Kangamba" desmentiu nesta sexta-feira, em Luanda, a notícia posta a circular na imprensa brasileira e nas redes sociais, segundo a qual a Polícia Federal Brasileira acusa-o de chefiar um esquema internacional de tráfico de mulheres do Brasil para a África do Sul, Portugal, Angola e Áustria.»

in semanário Expresso de 25/102013

 

Mandado (de detenção, de busca, judicial, etc.) e mandato (parlamentar, por exemplo). A confusão é recorrente, ilustrativa do resultado de um erro tantas vezes repetido – e, até, onde ele é menos compreensível. E inaceitável – tratando-se não propriamente de um jornal de vão de escada. Ainda por cima, com as esclarecedoras citações da agência de notícias de Angola e da imprensa brasileira a darem ainda mais ruído ao segundo erro1.

 

1 Kangamba, e não "Kanganba". Ou seja: m sempre antes de b – ou de p –, como se aprende desde a escola primária.

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