Em Portugal, as pessoas cultas não pronunciam Brasile, senhore. Há, contudo, regiões onde algumas pessoas do povo menos cultas acrescentam um e mudo às palavras terminadas em r e l, mas nem sempre. Vou dar um exemplo. Suponhamos que alguém chama um homem cujo nome é Manuel; poderá pronunciar assim: Ó Manu-é-é-éle!
É, porém, um e que pouco se percebe por ser mudo. Mas esta pronúncia não a ouvimos em todas as regiões. Não é uma pronúncia geral.
Basta ouvir-se a TV portuguesa para se verificar que essa pronúncia não é a verdadeira. No entanto, até uma pessoa culta pode pronunciar esse e em determinadas circunstâncias. Mas casos destes dão-se, geralmente, nas outras línguas. Outro exemplo, em determinadas circunstâncias:
O quê? Então o Manuel já não quere?
No nome próprio Manuel não põem o tal e, mas sim na palavra quer.
A intensidade com que se pronuncia a forma verbal quer pode levar o falante a acrescentar um e mudo que mal se percebe. Isto pode-se dar mesmo com pessoas cultas.
Quanto à pronúncia de África, nada posso dizer, porque nunca lá fui.