Quanto à nasal ã, a principal diferença é entre a pronúncia nortenha de Portugal, e a do resto do País e do Brasil. No Porto, Braga, etc. (Douro e Minho) esta nasal é muito aberta (como no francês -(a)in, -(e)in), e por vezes há mesmo desnasalação (irmá, por irmã), pois quanto mais a nasal é aberta mais tendência surge para a oralização da vogal.
Quanto às representações fonéticas, a do ã pelo IPA (Alfabeto Fonético Internacional) é com [ã], isto é a vulgar de imprensa, encimado por til, sendo errado o schwa com til, visto o e mudo nunca ser nasal (a não ser dialectalmente) e alfa com til ser um pis aller (desculpe o francesismo!). É erro internacional vulgar, por outro lado, representar no IPA o nosso e "mudo" pelo schwa; a melhor representação (proposta por mim há muitos anos, na revista belga Orbis, da Universidade de Lovaina) é por um i com traço ao meio (como a variedade muito velar do l polaco), usada aliás já no A. F. I. (como gosto mais de abreviar) para i sem ponto do turco, as vogais eslavas correspondentes e â ou î romenos.
Auguro-lhe óptimos resultados nos estudos, e, apesar de não ser brasileiro, tenho muito gosto em responder-lhe!