Maria Regina Rocha - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Textos publicados pela autora

Simultaneidade, e não “simultaniedade”*, muito menos “simultanidade”, como também se vai ouvindo e lendo por aí.

Simultaneidade – palavra derivada de simultâneo: simultâneo + -i- + -dade.


* Como se ouviu na notícia do <span style="font-style:...

«Passavam pouco das 22 horas, quando o agente de guarda ao bairro deu o alerta para a central da PSP», escrevia-se numa notícia do jornal 24 Horas de 23 de Abril p. p.

Escreveu-se mal: o verbo passar tem de ficar na terceira pessoa do singular, concordando com o seu sujeito («pouco»): «pouco passava das 22 horas», «passava pouco das 22 horas»: Outro exemplo: «Quando ele chegou, já passava muito das 8 horas.»

Pergunta da repórter da RTP 1*, sobre o estado de saúde de Eusébio: «E quanto à possibilidade de [Eusébio] sair dos cuidados intensivos para o piso de medicina, após os exames que ainda faltam fazer, poderá equacionar-se essa possibilidade?»

«Após os exames que ainda falta fazer»: assim deveria ter sido dito. Com efeito, o sujeito do verbo faltar é «fazer os exames», um sujeito oracional que leva o verbo para o singular: «Ainda falta fazer os exames», «após os exames que ainda falta fazer».

«O militar de Pombal estava encarregue de garantir a segurança do público», escrevia-se numa notícia do jornal 24 Horas, de 22 de Abril, sobre um graduado da PSP que foi colhido por um carro de rali.

No Telejornal (RTP 1) de segunda-feira (16 de Abril), numa reportagem sobre o facto de mais de 60 Câmaras Municipais não terem entregado os planos de defesa da floresta contra os incêndios, o ministro da Agricultura de Portugal, Jaime Silva, referiu o seguinte: «Depois desta démarche da autoridade florestal, desta última tentativa de termos todos os planos municipais concluídos, (…) aplica-se a legislação.»