Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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     A colocação dos pronomes átonos é uma das dificuldades da língua portuguesa, pois o pronome aparece ora antes do verbo, ora depois.
     Veja-se a seguinte passagem de uma reportagem transmitida no “Telejornal” da RTP-1 1: «António Fiúza, presidente do Gil Vicente, disse à RTP que dois dirigentes do clube <span style="BACKGROUND-...

     Outro erro recorrente é a troca do senão pelo se não. Voltou a ler-se no jornal “24 Horas” do mesmo dia sob a assinatura de Tony Melo:
     «Estes, sentindo a polícia no seu encalço, não tiveram outro remédio se não o de se livrarem da mochila, atirando-a para o chão.»
     Senão era a palavra a utilizar neste caso, pois pretendia dizer-se «excepto», «salvo», «a não ser».

     «Daqui, a 250 quilómetros da fronteira, junto ao rio Tejo, saem 8 % de toda a energia eléctrica espanhola.»
     Ao contrário do que é hábito ouvir e ler nos órgãos de informação portugueses – no caso em apreço na SIC1 –, o verbo devia ter ido para o singular: «Daqui, a 250 quilómetros da fronteira, junto ...

     Mais exemplos do crescente défice de português nos meios de comunicação… portugueses:

     1. Gramas de confusão

     Notícia do “Telejornal” da RTP-11de quarta-feira...

     Dois exemplos recentes de como se anda a falar e a escrever tão mal nos “media” portugueses:

     1. No programa “Diário da Manhã”, da TVI, de 4 de Setembro p. p, Paula Martins, da Agência Financeira, referiu-se assim à despesa que os pais têm de fazer neste início do ano le(c)tivo em livros e material escolar, em Portugal: «Depois, ao longo do ano, com certeza, haverão muitas m...

O obrigatoriedade do ponto final

 «É uma das regras da pontuação: exige-se um ponto final antes de se iniciar a frase interrogativa», recorda neste texto a professora Maria Regina Rocha.

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A propósito da marcha pelo emprego promovida pelo Bloco de Esquerda, ouviu-se na peça jornalística do Telejornal da RTP-1 de 2 de Setembro p.p. que «os bloquistas percorrem o país para denunciar a precaridade, os recibos verdes (…)». E mais adiante: «Depois dos contactos de rua, seguiu-se um comício numa das zonas mais afectadas do país pelo desemprego”.

/Alcaida/, /Alcaida/, /Alcaida/, repetiu o primeiro-ministro português, José Manuel Durão Barroso, as vezes que aludiu à Al-Qaeda – melhor, à al-Qaeda – no último debate mensal que protagonizou na Assembleia da República, em Lisboa [quinta-feira, 25/03/2004], à volta do Iraque e da forma de fazer frente ao terrorismo islâmico. Do outro lado ...

O erro do comentador foi este: em vez de onde, usou aonde. É que onde indica estada, permanência “em” um local (onde se está, onde se vive, onde fica), enquanto aonde indica movimento em direcção a um local, juntando-se, pois, a verbos de movimento (aonde ir, aonde se dirigir).

     «(…) a história da queda das Torres Gémeas, nos Estados Unidos da América. A mesma que o mundo assistiu a 11 de Setembro de 2001», escrevia-se no “24 Horas” de 29 de Agosto p.p.
     Escrevia-se mal: o verbo assistir no sentido de «presenciar, observar» exige a preposição a: assistir a um concerto, assistir a um acidente.
     Portanto, «A mesma a que o mundo assistiu».