Maria Regina Rocha - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Textos publicados pela autora

     Frase do dirigente do CDS-PP para o primeiro-ministro português José Sócrates, no debate na Assembleia da República, no passado dia 12 de Julho: «V. Ex.ª fala do dever dos contribuintes para com o Estado, mas, claro, o mesmo princípio não se aplica ao Estado nas suas obrigações para com os cidadãos e as empresas que o financiam. E há-de convir que isso retira muita credibilidade ao seu ar decidido com que aparec...

Ainda no mesmo jornal 3: «Ouro. Uma grama por dia, à espera que a mina volte a abrir».

Pela enésima vez: grama, a milésima parte da massa do quilograma-padrão, é masculino. Nada tem que ver com a grama, de gramado.

 

3, “Público” de 10 de Julho p.p.

     Outra dificuldade crescente parece ser mesmo a conjugação dos verbos no conjuntivo [subjuntivo]. Veja-se esta notícia recente no “Público”:

«Crise do lançamento de mísseis
Tóquio não exclui ataque preventivo à Coreia do Norte


O Japão reserva-se o direito de atacar preventivamente a Coreia do Norte em caso de ameaça nuclear directa, com o object...

     «Pelos vistos, uns senhores em Lisboa decidiram-se por, na secretaria, tentarem condicionar e conseguir aquilo que, de outra forma, no caso concreto, de Braga, nunca conseguiram eleitoralmente. É uma enormidade, para não adjectivar de outra forma».
     Três erros nesta frase, dita1 pelo líder da distrital do CDS-PP...

«Fica connosco Sócrates!”», titulava o jornal “24 Horas” na sua edição de 22 de Junho p.p., numa referência ao primeiro-ministro português.

Faltou a vírgula entre as palavras «connosco» e «Sócrates», pois a palavra «Sócrates» é um vocativo. Um dos casos de utilização obrigatória da vírgula é precisamente aquele em que ela tem a função de isolar o vocativo: «Meninos, viram onde eu pus o relógio?», «Vem connosco, Maria.», «Minha querida mãe, que bom ouvir as tuas palavras!»