Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Paraguai 321

Aluísio Azevedo, em Casa de Pensão, pág. 233, diz: «Qual, nhô, ele está assim "a" um 'ror de dias!»

Não deveria ser «há» ou «faz um ror de dias»?

Muitíssimo obrigado!

Maria José Falcão Engenheira Murtal, Portugal 283

Gostaria de saber se está correta a frase seguinte:

«Atento a resposta anterior, informa-se que deverá usar o formulário disponibilizado na página eletrónica da organização X.»

Obrigada.

Sara Graça Ferreira Neves Professora Sazes do Lorvão, Portugal 285

A minha dúvida prende-se com a subclasse dos verbos, considerando a ativa e a passiva.

A propósito da frase «Quando a pergunta me foi feita» (não estando expresso o complemento agente da passiva), encontrei uma ficha com uma questão para indicar a subclasse do verbo fazer, dando como solução transitivo indireto. Ora, esta situação levou-me a considerar o porquê de se admitir que o complexo verbal passivo peça complemento indireto (me) e se ignore o facto de o sujeito da frase passiva constituir um complemento direto na ativa. Ou seja, na ativa o verbo fazer é transitivo direto e indireto.

Passando para a passiva, essa classificação mantém-se (uma vez que a ação é a mesma) ou altera-se?

Mas, se é diferente, por que motivo consideraram que o complexo verbal «foi feita» pede complemento indireto (comum à ativa e passiva – «foi feita a quem?») e não se considera que selecione também complemento agente da passiva («foi feita por quem?»), não existindo nas subclasses do verbo principal uma para este tipo de complemento...(o transitivo indireto seleciona complemento indireto ou oblíquo, mas não encontrei em nenhuma gramática o complemento agente da passiva).

Faz-me confusão considerar o que é óbvio (o me que se mantém nas duas formas) e ignorar o que fica por esclarecer...

Reconhecendo que esta seria daquelas perguntas que não se fazem, a estar feita, surgiu-me a dúvida e, independentemente da utilização da questão da ficha, gostaria de a esclarecer.

Iago Maia Estudante Dourados, Brasil 345

Gostaria de saber se há alguma diferença entre os verbos supor e pressupor.

Seria bom apresentar exemplos de uso ou fornecer mais detalhes para demonstrar como esses termos são aplicados em diferentes situações.

Agradeço a quem puder elucidar a minha dúvida sobre essa distinção.

Maria do Céu Oliveira da Silva Professora Braga, Portugal 294

Que atos de fala se identificam nos seguintes enunciados, retirados da Farsa de Inês Pereira?

a. «Será bem que vos caleis,/(…)/que não me respondereis nada,». (vv.13-15);

b. «Se eu disser «isto é novelo», / havei-lo de confirmar.». (vv.39-40).

Maria Santos Professora Lisboa, Portugal 703

Na frase: «O avô tinha o livro na estante», «na estante» pode ser considerado complemento oblíquo?

Ou é modificador do grupo verbal?

Obrigada.

Ana Santos Estudante Porto, Portugal 385

Na frase "Vão direito a casa e daí a pouco toda a aldeia dorme.", extraída do conto "Sempre é uma companhia", de Manuel da Fonseca, o recurso expressivo presente é uma metonímia.

Porquê?

Na minha opinião seria uma personificação.

Como identificar, então, corretamente uma metonímia?

Obrigada pela atenção.

Carla Rosete Professora Silves, Portugal 399

Qual a modalidade e valor modal presentes na frase «Penso que é o problema mais complexo da literatura portuguesa, aquele que requer maior especialização.» (retirada do artigo "A floresta de Camões desbravada", de Luís Miguel Queirós, e publicada no Público).

Na minha perspetiva, pode subentender-se que o locutor exprime certeza relativamente à afirmação que profere, logo estaríamos perante a modalidade epistémica com valor de certeza.

Mas poderá ser que a utilização do verbo pensar remeta para a ideia de possibilidade?

Maria Bolton Professora Londres, Reino Unido 425

Agradecia que me clarificassem quando «garantir que...» pede conjuntivo.

As seguintes frases não me parecem corretas:

a) «Como vamos garantir que todos os que nos procuram serão tratados com a dignidade e a humanidade que merecem?»

Não devia ser «SEJAM tratados»?

b) «Como garantir que a inteligência artificial será ética e segura?»

c) «Temos agora de garantir que os governos respondem à chamada.»

d) «Como garantir que Portugal ficará pobre para sempre?»

Obrigadíssima.

Leandro da Silva Lima Professor Guarulhos, Brasil 460

É correto dizer «Morre fulano de tal» no lugar de dizer «Fulano de tal morreu»?

O que me motivou a fazer essa pergunta é o fato de ser, no mínimo, muito comum ver a primeira forma ser utilizada nos noticiários quando uma pessoa famosa falece.

Desde já, grato.