Com efeito, as formas estoma («orifício ou poro diminuto»), estomia («formação de um orifício de uma víscera na pele e que pode ser espontânea e adquirida», cf. Dicionário de Termos Médicos, da Porto Editora), estomizar («realizar estomia em», Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) e estomizado («que tem um estoma ou pessoa que é portadora de um estoma», Dicionário de Termos Médicos) afiguram-se mais corretas que as que exibem o- inicial, uma vez que e- é a vogal que tradicionalmente se junta (prótese) a étimos de origem grega e latina começados por s seguido de consoante: grego skopiá «local de observação» > escopia; latim schola > escola (cf. Dicionário Houaiss). As formas que começam por o (ostomia) parecem análises menos cuidadas de termos em que o radical -stom- é precedido da vogal de ligação o que termina o primeiro radical da palavra composta (por exemplo, colostomia < colo- «cólon; parte do intestino grosso) + -stom- + -ia). De qualquer modo, as formas com o- ganharam popularidade; e tanto assim é que o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, não deixando de registar as formas com e inicial, acolhe também as variantes em que figura o o.