São classificados como eruditos os adjetivos que surgiram por via erudita, sobretudo na sequência da relatinização da língua portuguesa no contexto do Renascimento, no século XVI. Nesta época, o latim começou a ser substituído em âmbitos cada vez mais variados pelas línguas nacionais de cada país (classificadas, pelos eruditos, de «línguas vulgares»). Neste processo de evolução das línguas, houve necessidade de se ampliar o vocabulário de forma a poderem veicular-se ideias que só eram expressas em latim, surgindo, assim, os chamados adjetivos eruditos. Estes são palavras formadas por radicais latinos na sua forma original; por exemplo: capillum, palavra latina, deu origem a cabelo por via popular, mas formou o adjetivo erudito capilar. Também os adjetivos eruditos se distinguem dos demais, porque geralmente têm um significado relacional («relativo a», «próprio de», «semelhante a», «da cor de»). Assim, dizer «loção capilar» é dizer «loção relativa a cabelo»; «cólica hepática» significa «cólica relativa ao fígado», ou «canal hepático» tem o significado de «canal próprio do fígado», porque hepático procede do latim hepaticus, por sua vez adaptação do grego antigo hepatikós, «relativo ao fígado» (hépar, hépatos significava «fígado» em grego antigo).
Saliente-se que o termo adjetivo erudito faz parte da classificação gramatical usada no Brasil, sendo que em Portugal não se usa normalmente.